Falhas técnicas em etiquetas geram desperdício – Após a chef Roberta Sudbrack utilizar as redes sociais para criticar a ação praticado pela Vigilância Sanitária contra o seu stand no Rock in Rio na sexta-feira (15), outra ação praticada pelo mesmo órgão estatal foi divulgado neste sábado (16) nas redes sociais.
De acordo com Jayme Barreto Drummond, proprietário do buffet Laguiole, a Vigilância Sanitária jogou “cerca de 10kg de tempero comprados na tradicional Casa Pedro” no lixo porque não havia o CNPJ da Casa Pedro na validade e “outros 40 kg de sanduiche, recém preparados, foram direto para a lixeira porque estavam sem etiquetas manuais com prazo de validade”. De acordo com o empresário, os fiscais chegaram entre a finalização das bandejas e a colocação da etiqueta e foram intransigentes: “quilos de pães com recheio fresquinho” foram parar no lixo.
O buffet Laguiole, de acordo com o seu proprietário, tem uma “equipe com 20 anos de casa” e já trabalhou em “eventos olímpicos, na Rússia, no Canadá e na Rio 2016″, tendo sua qualidade reconhecida pelo COI a ponto de levar a empresa para “realizar os mesmos serviços durante os jogos olímpicos de inverno da Coréia do Sul”. Em outras palavras, a empresa passou “pelo crivo suíço e de muitos outros países”, mas não consegue “passar pelos fiscais da vigilância sanitária carioca”.
A situação de Jayme mostra mais uma vez os problemas criados pelo estado brasileiro e sua atuação autoritária contra os trabalhadores. Como relata o empresário, os fornecedores vivem “um constante pânico, pois nunca sabemos quais os reais critérios de inspeção serão adotados” durante as “incansáveis visitas” da Vigilância Sanitária. O resultado é um “vazio que dá no peito ao ver comida boa sendo descartada num mundo onde ainda existe tanta fome”, como relata Jayme.
Por fim, o empresário desabafa: “são essas e outras situações que desencorajam o empresário a investir nessa cidade. (…) É preciso parar de baixar a cabeça e exigir que nossas autoridades e órgãos competentes mudem de postura”. Entretanto, Jayme mantém a esperança de “continuar trabalhando e acreditando que um dia as coisas irão melhorar nesse país”.
Com ou sem exageros por parte dos órgãos públicos, tais falhas e ações não aconteceriam caso houvesse um bom software especializado em indústria alimentícia com o módulo se gestão de fábrica.